quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

MAESTRO UIRAPURU

Só resta o beija
Não tem mais a flor
Ta tu pensando
Na maldade do homem
Que envenenou o rio
De mercúrio?

Eu juro...

Eu fico Jururu
Por não ver o maestro
Uirapuru
Em sua sinfonia encantando a floresta

O sapo não pula mais
Porque não tem mais brejo
O macaco arteiro não faz mais festa
Anda rés no chão, agora só
Porque na floresta não tem mais cipó
Não fica assim
Jacamim
Porque assim me dá dó

Amanhã
Jaçanã
Deverá ser um novo dia
Fala para a Paca
Que não vê mais rastro de cutia
Que amanhã
Jaçanã não deve haver utopia....
Bem-te vi
Na flor de laranjeira
Sábia
Cantando faceira
Alheia ao fogo
No roçado

Gritando em alerta
Corre anta
Te manda viado
Que o homem está vindo
Com foice, motossera e machado....

Obs-Esse poema é inédito e estará no meu próximo livro Versos Caboclos. Nazareno Santos







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