sábado, 16 de junho de 2012

ESTIVE NO V SALÃO DO LIVRO

Foi prazeroso estar presente no V Salão do Livro, uma experiência inesquecível pela grandiosidade do evento muito rico em ações culturais,

incluindo as dezenas de livrarias presentes vendendo livros para todos os gostos e bolso.

 O lançamento do meu livro constou da programação e foi um sucesso.

domingo, 20 de maio de 2012

A VIDA DENTRO E FORA DE MIM -ROSÂNGELA RODRIGUES-

Dentro de mim há trilhões de seres, Cada um com seus afazeres, O cérebro é quem os guia, Nessa sociedade, vivem em harmonia,.

 

 Fora de mim há trilhões de seres Cada um com seus afazeres, O governo é quem os guia, Nessa sociedade, vivem em desarmonia, As células, seres que fazem parte de dentro de mim,

 

 As suas leis obedecem e respeitam, Lutam contra tudo, no altruísmo do seu ser À vida buscam perpetuar. Os homens, seres que fazem parte de fora de mim, As suas leis infringem e condenam Pelejam por tudo, no egoísmo do seu ser À vida buscam arruinar.-

 

Rosângela Rodrigues nos envia mais esse"revolucionário poema , que com seu simbolismo  mostra sua facilidade em transitar entre os variados temas que sua rica veia poética permite. No primeiro trabalhou a essência feminina, e nesse nos leva a repensar sobre um mundo em transgressão, politicamente incorreto.  Parabéns Rosângela e continue nos dando a honra de publicar seus belos textos

-Email- Nazarenopoeta@hotmail.com - (Para envio do seu texto, colaborações diversas- Itaituba-Pá

FRAGMENTOS PÓETICOS DO LIVRO “PÁSSARO SOLITÁRIO

Queres saber quem sou? Perguntas ao mar Que chora, murmura e suspira Na busca incansável do teu nome. (Pássaro Solitário) Eu... Ser existencial Ou meramente paradoxal Em tudo que faço Que digo Que retrato. (Eu) Em algum lugar da Ita... Alguém esconde – as duras facetas da realidade. Alguém pesca – os sonhos do caboclo tapajoara. Alguém lapida –

 a Pepita joia rara. (Em algum lugar da Ita) O meu poema É fogo que não fere, Mas queima. É cicatriz que não dói, Mas tatua. (O meu poema) Queres saber quem sou? Perguntas ao mar Que chora, murmura e suspira Na busca incansável do teu nome. (Pássaro Solitário) Eu... 

 Ser existencial Ou meramente paradoxal Em tudo que faço Que digo Que retrato. (Eu) Em algum lugar da Ita... Alguém esconde – as duras facetas da realidade. Alguém pesca – os sonhos do caboclo tapajoara. Alguém lapida – a Pepita joia rara. (Em algum lugar da Ita) O meu poema É fogo que não fere, Mas queima. É cicatriz que não dói, Mas tatua. (O meu poema) Queres saber quem sou? Perguntas ao mar Que chora, murmura e suspira Na busca incansável do teu nome.

 (Pássaro Solitário) Eu... Ser existencial Ou meramente paradoxal Em tudo que faço Que digo Que retrato. (Eu) Em algum lugar da Ita... Alguém esconde – as duras facetas da realidade. Alguém pesca – os sonhos do caboclo tapajoara. Alguém lapida – a Pepita joia rara. (Em algum lugar da Ita) O meu poema É fogo que não fere, Mas queima. É cicatriz que não dói, Mas tatua. (O meu poema)

PROFESSOR PAKIKA SE LANÇA NO MUNDO DAS LETRAS PELO “PÁSSARO SOLITÁRIO” NUM VOO INFINITO MOVIDO PELA SENSIBILIDADE POÉTICA.

Itaituba tem a grata satisfação de ganhar um excelente poeta, que acaba de lançar seu primeiro livro. O professor Pakika, mas que poucos sabem que se trata de Manoel Ferreira Lima, natural de Itaituba, formado em letras pela Universidade federal do Pará.  O blog Rio das letras divulga agora um pouco do trabalho desse excelente poeta que nos surpreende pela beleza inefável dos seus versos. 

Com o sugestivo título de Pássaro Solitário, uma verdadeira metáfora do ato solitário de gestar versos, professor Pakika estréia e nos brinda com excelentes versos que retratam de um pouco de cada coisa da vida, do mundo retratando com profunda sensibilidade Itaituba e imagens de sua infância. O livro com 110 páginas tem prefácio nosso e foi editado pela gráfica editora Amazônia numa excelente edição inicial de trezentos exemplares. Pakika fala de olhares “Meu novo olhar é um olhar partido, transfigurado e apesar de triste é um olhar que existe”. 

 O poeta nos encanta com suas imagens poéticas sob outros olhares daqueles que amam a poesia, que se alimentam do belo para que a vida ganhe sentido. ”Em meu último poema o poeta mostra a sutileza das palavras com sua magia própria do jogo lúdico do dizer, dizer com suas nuances e cores do sentir”Meu último poema está aqui, indefinido,reservado, simplesmente um sonho e outro na experimentação no chão de sossego e da mutação”. 

Mas não se trata de um epitáfio porque o poeta não morre pelas palavras o poeta se eterniza pelo que registra, as palavras são talvez evasivas desse busca infinita de ser... No mais comprem o livro desse excelente poeta que demonstra maturidade e senso criativo nesse seu primeiro trabalho. 

O livro custa apenas R$20,00(Vinte Reais) e pode ser adquirido em contato com o autor pelo fone (93) 9113-0871, ou se preferir E - meio- pakika1313@hotmail.com.  O autor reside na Nova de Santana ao lado do Hospital Santo Antônio e também pode ser encontrado na Escola Brigadeiro Haroldo Veloso

quinta-feira, 17 de maio de 2012

AOS POUCOS (Réquien a locura do amor)

 Nazareno Santos-  Do novo livro-Lendas urbnas e versos caboclos


Aos poucos vou saindo da tua vida

Apagando vestígios

rasgando palavras mal ditas

Entre a penumbra

Do amor e da solidão

 

Preciso fugir

Pra qualquer lugar que não me lembre você

Vou te deletar do coração

Remover  pra lixeira

Tua imagem inefável

preciso fechar os olhos

Para que não vire de um sonho

Uma eterna miragem


Prometi que não iria chorar

Nem olhar para trás

Nem amar jamais

da forma como te quiz

Aos poucos vou fitando o horizonte

de uma estrada sem fim

Se te amo e te odeio ao mesmo o tempo

preciso te esquecer

mas  parece 

que caminhas ao meu lado,juntinho a mim


Prometo esquecer a rua

Contemplar a lua

nas noites de dor

Mas não me desepero

Pois sei que com o tempo

Encontrarei um novo amor...

As palavras, os gestos

soltei nas asas do tempo

Com o um corpo sendo despido

Prometo

que não olharei

Nem por um segundo

Pelo espelho da incerteza

Pois pra mim você já é passado

E vislumbareiu apenas uma pálida lembrança

Pelo retrovisor quem sabe da saudade

Foi duro eu sei

Mas agora é tarde... Preciso esquecer aquela nossa velha canção

preciso encontrar uma nova razão de ser

Nao quero nunca mais estar tão junto e tão sozinho

pois o amor só faz sentido

se caminhamos a um rumo definido


 


 

 


 

 



UM POEMINHA

Nazareno Santos 

Encontrei uma
Estrela escondida
Sob teus olhos tristes
Ocultos entre a neblina
e uma cortina de medo
A brisa do vento
Roçou meus cabelos
e um beija flor revelou-me teu segredo

Estendi a mão
Ignorei a razão
E fui engolido pela rua deserta
Não eras uma estrela triste
Eras um anjo disfarçado
Trazendo inspiração ao poeta
 

SEGREDOS

 Nazareno Santos-
Poeta,  professor e jornalista


Meus sonhos voláteis
Caem sobre rochedos
de Angustia e dor
Rasgo as entranhas da esperança
E dilacero a essência insana do amor

mas não é loucura o que sinto
É meu jeito talvez de te amar
Amar por instinto
Calar
Amordaçar
Os momentos
Como o bálsamos que cicatrizem
feridas rasgadas
Em passos trõpegos
Em estradas a fins
Onde sentimentos
removem passos
Que me confundem
a razão de ser
Te amo
Profundamente
Mas não
 encontro respostas
Pois meus sentimentos
São voláteis
Feito passáro de asa ferida
Buscando em você um ninho
Um abrigo
como razão pra vida...
 
 
 



MEU NOVO OLHAR

Professor Paquica
do livro- Pássaro Solitário

Meu  novo olhar
É um olhar partido, transfigurado
E apesar de triste
É um olhar que existe
Que persiste no meio da massa calada
Que caminha sem rumo
Removendo sonhos e fetos
Na estrutura sórdida do presente

Meu novo olhar
É um olhar de reformas, de partida
É um pássaro mastigando alpiste
Em meio a prisão e a liberdade
É um bicho -homem no asfalto
É um homem-bicho no lixo

Meu novo olhar é um
poema vertebrado
Entre o cio e a transa, o orgasmo e a razão
É a luz que corta a hipocrisia
com baladas, com novos verbetes
É um resto de expressão ao fim do dia

Meu novo olhar
é o olhar de quem descobriu o outro lado
E já o escolheu em pleno abril

AUTOBIOGRAFIA-DO LIVRO PÁSSARO SOLITÁRIO-DO POETA ITAITUBENSE PROFESSOR PAQUICA

Aqui nasci poeta
Filho tapajoara do peixe com farinha
Há quarenta e tantos anos
Sem métrica e sem rima

Aqui me criei menino
Entre o rio e alavadeira
No seio da placenta verdadeira
Que transformou meus incertos caminhos
Em alegres tardes com bandeira

Aqui me tornei homem
Filho tapajoara entre a Lauro e a Treze
Homem com um, um só homem
Que busca na sua identidade a outra idade
E que brinca com doenças e barcos de papel

Aqui apesar de tudo
A dor se abre em flor, em risos
E eu me autoconsumo
Em anos e desenganos
Em cataratas e pensamentos

Aqui não quero nenhum encontro
Eu sou o meu próprio arco-íris
Sou filho tapajoara da Nova de Santana e findo...

FICAR OU NÃO FICAR , EIS A QUESTÃO. DIÁRIO DE UM PROFESSOR/ESCRITOR

Eles deram um show de interpretação
Aproveitando o ensejo da programação alusiva a Semana do Museu Nacional, aqui homenageando Araci Paraguaçu, nesta quinta feira dia 17 alunos das oitavas séries A e B, participaram de uma peça de teatro montada e dirigida por eles sob minha supervisão. Em minhas aulas na Escola Joaquim Caetano Correa estou mostrando  a eles(as) as facetas das várias formas de linguagens orais e escritas...

Apesar do pouco tempo para escrever, ensaiar e apresentar eles tiveram uma excelente perfomance arrancando aplausos  de todos que participaram da programação cultural. já que mostraram muito talento nas interpretações .  A peça encenada em meia hora abordou problemas relacionados ao mundo dos jovens e adolescentes como namoro, drogas, Bullyng, no sentido de despertar reflexão entre eles. A encenação da peça também constou como atividade de aula no que concerne a produção textual já que eles estão se familiarizando na prática com os mais variados textos...

CONJUNTO HABITACIONAL


 NAURO MACHADO

Qual inquilino de um único quarto
nele passando toda a sua exist~encia
sem sair à rua ou ver o sol sequer
O poema mora no meu pensamento
como na casa por mim habitada
até a até a hora final de nossa morte

JOGO DE DADO
Entre a opção e a realidade,
concedeste-me, ó destino
aquilo que não busquei
resta o desígnio dos deuses.
NAURO MACHADO

Morte é o alimento da terra
que rejeita vida.A erosão
dos instestinos na alma
no fermento do Calvário

Morte é a pequenez do grande
A manhã sem o canto dos galos
A pele afixada ao corpo
como sentença de Caim

O gozo da carne no escuro
Cachorra esquecida em si mesma
pedindo com os olhos graúdos
Morte é o que me traz aqui.

NUDEZ

CARLOS DRUMOND DE ANDRADE

Não cantarei amores que não tenho
e,quando tive, nunca celebrei
Não cantarei o riso que não rira
E que se, risse ofertaria  a pobres
Minha matéria é o nada
Jamais ousei contar algo de vida
Se o canto sai da boca ensimesmada
é porque a brisa o trouxe, e o leva a brisa
nem sabe a planta o vento que visita

Ou sabe? Algo de nós acaso  se transmite
mas tão disperso, e vago, tão estranho
que, se regressa a mim que o apascentava
O ouro suposto é nele cobre e stanho
Estanho e cobre
E o que não é maleável deixa de ser nobre
nem era amor aquilo que se amava

Nem era dor aquilo que doía
ou dói, agora quando se foi?
Que dor se saber dor, e não se extingue?
(Nâo cantarei o mar:que ele se vingue
de meu silêncio, nesta concha)

A BOCA

ADÉLIA PRADO
Se olho atentamente a erva no pedregulho
Uma voz me admoesta:Mulher!mulher!
Como se dissesse:Moisés, Moisés
Tenho missão sobre os ombros E só quero vadiar

Um nome para mim seria a boca ou a sarça ardente e a mulher confusa
Ou melhor ainda a boba grave
Gosto tanto de feijão com arroz
Meu pai e minha mãe se privaram
da metade do prato pra me engordar
Sofreram menos do que eu
Pecaram exatos pecados
Voz nenhuma me perseguiu
Quantos sacos de arroz já consumi?
Ó Deus, cujo reino é um festim
a mesa dissoluta me seduz
tem piedade de mim

FRAGMENTO

Adélia Prado

Bem-Aventurado o que pressentiu
qando a manhã começou
Não vai ser diferente da noite
Prolongados permanecerão o corpo sem pouso
O pensamento dividido entre deitar-se primeiro
Á esquerda ou à direita
E mesm assim anunciou paciente ao meio dia
algumas horas e ja acontece, o mormaço abranda
Um vento bom entra nessa janela

quinta-feira, 10 de maio de 2012

MANDE SUA RESENHA E GANHE UM LIVRO ESPECIAL DE PRESENTE

Mande aqui para o Blog uma resenha de um livro lido por você, esse ano. Teça  comentários em relaçao se você gostou o não com a devida justificativa. A resenha deve vir  acompanhada de uma foto e um resumo biográfico de cinco linhas. Se possível escaneie  envie a imagem da capa do livro. 

Se você quiser pode também enviar um poema, um conto, crônica de sua autoria ou escrita por algum amigo que vamos postar aqui e também selecionar os melhores para publicar no jornal escrito que leva o mesmo nome desse blog. Enviaremos o livro para qualquer parte do Brasil via correios

A intenção é incentivar que outras pessoas comecem a despertar para a grandiosidade da leitura, e com isso sua resenha servirá de grande estímulo  com  certeza... Envie para o E-mail - nazarenopoeta @hotmail.com. 

Sua resenha lhe dará direito a um livro, sem sorteio...

FRASES GENIAIS DE ESCRITORES GENAIS SOBRE LEITURA E ESCRITA

"Escrever é deixar uma marca, é impor ao papel um  sinal permanente, é capturar um instante em forma de palavra"(Margaret Atwood(1939)


"As pessoas continuam necessitando de narrativas para entender a condição humana. Um bom romance resulta, em primeiro lugar de uma boa história, de uma boa história que mobilize nossas emoções, que nos faça pensar"

Moacir Scliar-Escritor


"Os tristes dizem que os ventos gemem.Os alegres,que eles cantam"

Fernando Pessoa(1988-1935)


"Na verdade o que vem primeiro não é a idéia, nem a história, ou as personagens. O que vem primeiro é angústia, aquela necessidade compulsiva.Eu tenho de escrever uma peça". ( Dias Gomes-Dramaturgo)

IMORTALIDADE

O difícil não é ir com o tempo
Correr para trás com o tempo
Cair na eternidade sem tempo

Dificil é arredar o tempo
Não correr para trás com o tempo
Estar em eternidade no tempo
Que a eternidade é estar o morto com os vivos que não irá alcançar.

Jorge Cooper(1911-1991)

URUBU -AUTOR -ADNILSON S.B- ACADÊMICO DE LETRAS-1º PERÍODO DE LETRAS DA FAI

Urubu passa na faixa
Só tu urubu
Urubu passa na faixa
Educado é o urubu

Urubu passa na faixa
Voa alto o urubu
Urubu passa na Faixa
Faxineiro é o urubu

Urubu passa na faixa
Como é forte o urubu
Urubu passa na vida
Para ensin ar a ser urubu

Obs: Publicamos esse poema por sua beleza exporessiva, pelo ritmo , pela imagem que ele traz na condução da palavra Urubu que expressa além de uma vasta metáfora, abre um leque de mil interpretações...Um poema de profundidade, parabens ao poeta Adnilson que trabalha no INSS  ,  tem muita sensibilidade e é criativo...

A MINHA RUA (.MÁRIO QUINTANA)

É uma rua em que tenho o vício
De nunca entrar, e onde eu nunca entrei
E que vai dar na babilônia eu sei
Ou nalbum porto fenício

Se eu la entrasse seria rei
Ou morreria nalgum suplício
Crimes que la cometerei
Não deixariam nenhum indício

Lá não pensa, mas se responde
Conforme as rimas que um outro dá
Exemplo:Templo.É o templo onde

O senhor padre me casará
Com a linda filha de algum Visconde
Ou do Marquês de Maricá.

UM TESOURO NAS BIBLIOTECAS ESCOLARES

A vaca e o Hipogrifo, de Mário Quinatna

A vaca e o Hipogrifo, é um livro diferenciado, ele marca o centenário do magistral poeta Mário Quintana (1906-2006) que faz parte do PNBE/FNDE, do Ministério da Educação publicado pela editora globo.

Mário Quintana encanta pela sua simplicidade e pela  forma com que joga com as palavras. Ele tem uma forma especial de dizer, de trabalhar seus temas .Leitura de Mário Quintana é convite irresisível para o leitor(a) sair de um monólogo. É você dialogando com você mesmo experimente.

Em suas 310 páginas o livro A Vaca e o Hipogrifo viaja pelos temas mais diversos possíveis, onde o poeta nos emociona, nos faz rir mais de alegria do que tristezas. Depois  esse negócio de dizer que não se está lendo no  Brasil porque o livro está caro é a mais deslavada mentira, e desculpa para o ócio mental já que tem chegado as Bibliotecas das escolas uma gama variada de bons livros, alguns inclusive constando entre a lista dos mais lidos...

Esse que ilustra  esse pequeno texto por exemplo é do acervo da Biblioteca da Escola Joaquim Caetano  Correa, depois dele já estou devorando Ferreira Gular, a mesa está posta senhoras e senhores, sirvam-se a vontade...boa leitura.

Frasde Mário Quintana

"Infância, a vida em tecnicolor-Velhice a vida em preto e Branco".Outro texto

A POESIA É NECESSÁRIA

Eu caho que todos deveriam fazer versos,Ainda que sejam maus.É prefeível para a alma humana fazer maus versos a não fgazer nenhum.O exercício da arte poe´tica e´sempre um esforço de auto-superação e assim o refinamento do estilo acaba trazendo a melhoria da alma.

E mesmo para os simples leitores de poemas que são todos uns poetas inéditos, a poesia é aúnica novidade possível. pois tudo está nas enciclopédias, que só repetem estupidamente, como robôs, o que lhes foi incutido . Ou embutido. Ah, mas um poema, um poema é outra coisa

 


MÃE

Oh! Mãe guerreira, Oh! Mãe linda e trabalhadeira Que por nós tudo faz com amor. E nos damos tanto valor, pelo suor que por nós já derramou Mãe que sofre pelo seu filho, por eles colocam a mão no fogo, e eles nem estão ai pra isso Talvez porque pense ser exagero...

 Só Deus sabe o quanto já sofreu. E quantas lágrimas já caíram dos olhos seus. Oh! Mãe quanto esplendor, quanta dor e quanta humilhação já sofreram por mim que sou filho seu. Além de tudo que eu apronto, preciso dos seus braços para repousar. Mãe eu te amo. 

 Adriele Bacelar- Aluna da 8ª Série-A-Escola Joaquim Caetano Correa.

FRUTOS DE NOSSA LAVRA- DIÁRIO DE UM ESCRITOR/PROFESSOR

Leitura através das artes cênicas..
Outra equipe já ensaiando
Com estimulo em minhas aulas, a Biblioetca  da Escola já está ganhando vida. Exibi os filmes Ponte para Terebitia e Escritores da Liberdade em sala eles fizeram uma resenha onde foi promovido um debate com a abordagem cinematográfica de uma narrativa,so bo  ponto de vista das imagens...

No debate  do texto
Alguns espontaneamente estão produzindo alguns textos inclusive passo a publicá-los neste blogo que tem a finalidade de estimular e valorizar a literatura sob todas suas nuances. Minhas aulas ministradas para as duas 8ª séries e para a 7ª B tem tido dinâmicas com músicas, teatro, recitais...Por exemplo trabalhei com eles Eduardo e Mônica do legião Urbana e a aula foi muito descontraida, produtiva e animada...

terça-feira, 8 de maio de 2012

LIVROS APROPRIADOS PARA UMA FANTÁSTICA VIAGEM

O QUINZE,
romance de estréia de Raquel de Queiroz, escrito numa narrativa fluente, com diálogos agradáveis sem complicação. Esse livro ajudou a levar sua autora com o primeira mulher para a Academia brasileira de letras.

O TEMPO E O VENTO

De Érico Veríssimo. Trata-se de um romance épico que é um verdadeiro retrato da histórica,onde conta a formação e desenvolvimento do Rio Grande do Sul. É composto pela trilogia o Continente, (2 volumes) que cobre o período do século XVIII. O cerne, o fio condutor do romance são as disputas de terra e poder entre duas familias inimigas .

SELETA DE PROSA
De  Manuel bandeira,um dos maiores poetas do pais,sendo também um exímio prosador. Em cada ensaio, em cada texto independente do seu tamanho nos encantamos com a verdadeira magia das palavras utilizadas pelo poeta Assim ele se expressa em Itinerário de Pasárgada. Manuel Bandeira trouxe para as páginas ds seus livros, os mendigos e os desempregados que encontrava pelos becos de sua Recife.

MÚSICA POPULAR,UM TEMA EM DEBATE

Um livro que estuda com profundidade as origens e o desenvolvimento da música urbana no Brasil, que leva em conta os determinantes econômicos, sociais e políticos de cada época. A descrição do nascimento do samba e da marcha, no Rio de Janeiro, entre 1870 e 1930. Sua primeira edição foi em 1966, de autoria de José Ramos Tinhorão, um dos mais conceituados pesquisadores da música popular brasileira.

sexta-feira, 27 de abril de 2012

TUA COMPANHEIRA-

POEMA DE Rosângela Rodrigues incluído na coletânea nacional de Poesias.

 No Éden fui criada Posta ao teu lado para ser a sua amada Em teus braços ser tua inteira Tua grande companheira O tempo passou, E você não mais me amou O que aconteceu com teu amor? Me fez pequena Fiquei até digna de pena Um ser sem muito valor Nos teus braços que era amada, Agora violentada, Em fogueira fui jogada Em troncos amarrada Rejeitada e humilhada Grande era o meu sofrer Fui condenada a morrer Mesmo sem merecer 

O tempo passou, Na história vivi dias de horror Sucumbi de dor Por que, por que você não me deu valor? A luta fui, sem medo de morrer Provei que também consigo vencer Tanto quanto você De operária a empresária, Carpinteira, Engenheira Juíza, General Me fiz igual Agora eu voto e opino, Comando e Decido, Você já não vê o meu pranto, Porque o espanto? 

Portanto, Não posso ser anulada É no meu ventre que a vida é gerada, No meio seio amamentada Mas não quero provar nada Estamos juntos nessa caminhada E nada faz sentindo Se não estou contigo Não importa o que passou Tenho saudade do amor Que no Éden ficou Você se lembra para que eu fui criada? Para ser a sua amada Agora, me faça tua inteira Ser-lhe-ei grande companheira 

POETA ITAITUBENSE É SELECIONADA EM COLETÃNEA NACIONAL PELA EDITORA VIVARA.

Rosângela Rodrigues está preprando lançamento de um livro para esse ano.
Eis que sua veia poética já começa a lhe  render dividendos literários. Seu poema foi publicado inicialmente no Blog Rio das letras e agora do mundo virtual para as páginas deste jornal, Rosângela foi classificada para fazer parte da Antologia Poética Prêmio Sarau Brasil 2012, promovida pela Editora Nacional VIVARA. 

Rosângela foi incluída na coletânea da renomada editora no dia 20 de Abril deste ano. A editora realizou o processo de seleção no período de 01 de março a 5 de abril, onde do total de 2.321 inscrições, selecionou duzentos e cinqüenta autores.

 Ela que é de Itaituba e está atualmente em Rondônia onde assumiu sua vaga em concurso onde foi aprovada para trabalhar na SESAI(Secretaria Especial de Sáude Indigena) antiga Funasa, disse que ficou surpresa, mas ao mesmo tempo feliz em saber que sua poesia “TUA  GRANDE COMPANHEIRA” foi aprovada após análise minuciosa da comissão organizadora do concurso em âmbito nacional. Obs: Rosângela também é destaque no jornal Rio das Letras que em breve estará circulando em Itaituba.

RODA DE LEITURA-DIÁRIO DE UM PROFESSOR/ESCRITOR

Na prática eles estão aprednendo a conhecer os diferentes gêneros literários

                                              Quinta feira-26 de abril de 2012


Complementando a atividade do livro didático, promovi uma" roda de leituras" onde instiguei um debate por sinal bastante participativo onde cada aluno(a) fez um comentário a respeito do livro emprestado da Biblioteca da escola. Percebi que nessa aula já havia um clima mais  descontraido em relação ao vínculo que estava sendo criado em relação a leitura...

 Me limitei a conduzir o debate sem falar muito para não comprometer a autonomia  de  sua leitura. Percebi que em relação aos primeiros dias em que comecei a mostrar a eles a importãncia da leitura como suporte de crescimento intelectual já notava-se avanços significativos quanto a habilidade na interpretação da narrativa...Nessa aula os autores lidos foram Manuel Bandeira, Cora Coralina, Gracilianao Ramos, Rute Rocha(teatro), Paulo Mendes Campos, onde o nível de entendimento me surprendeu.

Após os relatos sobre a experiencia da leitura, eles construiram em uma resenha como haviam  entendido os poemas, os contos, os romances etc...No aspecto gramatical os textos utilizados serviram para mostrar a eles figuras de linguagem, concordância etc.

Aluno narrando sua história,dando enfase aos personagens...
Eles estão  reonstruindo novas idéias a partir do que leram em seus respectivos livros

Mas o que também deixou os jovens fascinados foi o filme(baseado em fatos reais e extraido de um livro)Escritores da Liberade que recomendo a todos meus colegas por se tratar de um filme de excelente nível que mostra a importância de lidarmos com as diversidades em uma sala de aula, e que livros são mentes  abertas a espera de mãos que lhes abram portas do conhecimento pleno  como desafio para os alunos, comunidade e professor...Selecionei uma das resenhas para postar aqui no blog



DIÁRIO DE UM PROFESSOR/ESCRITOR

O POETA DA ROÇA -DIÁRIO DE UM PROFESSOR E ESCRITOR

PATATIVA DO ASSARÉ

Sou fio das mata,canto da mão grossa Trabaio na roça, de inverno a estio.
 A minha chupana é tapada de barro Só fumo cigarro de paia de mio Sou poeta das brenha, não faço o papé De argium menestré, ou errante canto Que veve vagando,com sua viola Cantando, Pachola, a percura de amo Não tenho sabença, pois nunca estudei .

Apenas eu sei o meu nome assiná Meu pai,coitadinho! Vivia sem cobre, E os fio do pobre não pode estudá Meu verso rastêro,singelo e sem graça Não entra na praça, no rico salão Meu verso só entra no campo e na roça, Nas pobre paioça, da serra e ao sertão Só canto o buliço da vida apertada Da liga pesada, das roça e dos eito E as vez rescordando a feliz mocidade, Canto uma sôrdade que mora em meu peito.

 Eu canto o caboclo com sua caçada Nas noite assombrada que tudo apavora Por dentro da mata,com tanta corage Topando as visage chamada caipora Eu canto o vaquêro vestido de côro Brigando com o tôro no mato fechado Que pega na ponta do brabo novio Ganhando lugio do dono do gado

 Eu canto o mendigo de sujo farrapo Coberto de trapoe mochila na mão Que chora pedindo o socorro dos home E tomba de fome, sem casa e sem pão E assim, sem cobiça dos cofre luzente Eu vivo contente e feliz com a sorte Morando no campo,sem vê a cidade Cantando as verdade das coisa do norte

sábado, 21 de abril de 2012

Nostalgia do Presente


Naquele preciso momento o homem disse:
«O que eu daria pela felicidade
de estar ao teu lado na Islândia
sob o grande dia imóvel
e de repartir o agora
como se reparte a música
ou o sabor de um fruto.»
Naquele preciso momento
o homem estava junto dela na Islândia.

Jorge Luis Borges, in "A Cifra"
Tradução de Fernando Pinto do Amaral

Se Me Esqueceres Quero que saibas uma coisa.

PABLO NERUDA, poeta chileno

Sabes como é:
se olho
a lua de cristal, o ramo vermelho
do lento outono à minha janela,
se toco
junto do lume
a impalpável cinza
ou o enrugado corpo da lenha,
tudo me leva para ti,
como se tudo o que existe,
aromas, luz, metais,
fosse pequenos barcos que navegam
até às tuas ilhas que me esperam.

Mas agora,
se pouco a pouco me deixas de amar
deixarei de te amar pouco a pouco.

Se de súbito
me esqueceres
não me procures,
porque já te terei esquecido.

Se julgas que é vasto e louco
o vento de bandeiras
que passa pela minha vida
e te resolves
a deixar-me na margem
do coração em que tenho raízes,
pensa
que nesse dia,
a essa hora
levantarei os braços
e as minhas raízes sairão
em busca de outra terra.

Porém
se todos os dias,
a toda a hora,
te sentes destinada a mim
com doçura implacável,
se todos os dias uma flor
uma flor te sobe aos lábios à minha procura,
ai meu amor, ai minha amada,
em mim todo esse fogo se repete,
em mim nada se apaga nem se esquece,
o meu amor alimenta-se do teu amor,
e enquanto viveres estará nos teus braços
sem sair dos meus.

Pablo Neruda, in "Poemas de Amor de Pablo Neruda"

Tema(s): Amor Ler outros poemas de Pablo Neruda
/

Temo por meus olhos-



Thiago de Melo, poeta Amazonense


Temo por meus olhos

diante das puras vestes.

E no entretanto, desejo.



Temor que sugere o epílogo

de ser cântaro partido

ao lado de fonte pródiga.

A não contemplar, prefiro

definitiva cegueira.

Não como os homens cegos,

mas como os pés das crianças

que são cegos, caminhando.

iverde.gif (528 bytes)


Material recolhido em
Thiago de Mello

Vento Geral - Poesia 1951/1981

Editora Civilização Brasileira - 1984

SILÊNCIO E PALAVRA- TIAGO DE MELO

I

A couraça das palavras

protege o nosso silêncio

e esconde aquilo que somos

Que importa falarmos tanto?

Apenas repetiremos.

Ademais, nem são palavras.

Sons vazios de mensagem,

são como a fria mortalha

do cotidiano morto.

Como pássaros cansados,

que não encontraram pouso

certamente tombarão.

Muitos verões se sucedem:

o tempo madura os frutos,

branqueia nossos cabelos.

Mas o homem noturno espera

a aurora da nossa boca.

II

Se mãos estranhas romperem

a veste que nos esconde,

acharão uma verdade

em forma não revelável.

(E os homens têm olhos sujos,

não podem ver através.)

Mas um dia chegará

em que a oferenda dos deuses,

dada em forma de silêncio,

em palavra transfaremos.

E se porventura a dermos

ao mundo, tal como a flor

que se oferta - humilde e pura - ,

teremos então cumprido

a missão que é dada ao poeta.

E como são onda e mar,

seremos palavra e homem.

iverde.gif (528 bytes)

EU AINDA NÃO SEI O QUE VOCÊS LERAM NO VERÃO PASSADO

Mas gostaria de saber. Envie para o Blog Rio das Letras um texto comentando sobre um livro que você leu. Junto com o texto mande uma foto sua, se possível uma imagem da capa do livro. Fale de sua experiência de leitor e porque gostou ou não gostou do livro.Se quiser mande também um texto criado por você ,pode ser em prosa, verso, poesia,crônica, conto etc...Tire seu talento oculto nas gavetas...

Mande pelo E-meio nazarenopoeta@hotmail.com

ADOLESCENTE GOSTA DE POESIA?




Diria que sim, eles além de curiosos se identificaram com a musicalidade, o rimo a cadência das palavras . O que eles precisam não é de rótulos nem críticas ácidas como se fossem alienados ou sem cultura nem opinião. Estou trabalhando com 3 turmas em minhas aulas de Lingua Portuguesa na Escola Joaquim Caetano Correa. São alunos(as) de uma 7ª e duas oitavas séries.

Ministrei aulas na Biblioteca e estou trabalhando com eles todos os gêneros textuais da poesia a crõnica, romance, novela, literatura de cordel etc...Eles se encantaram com Patativa do Assaré, Vinicius de Moraes, Drumond, Raquel de Queiroz, Luiz Veríssimo. Antes os que achavam uma xaropada agora virou doce de leite, fazem questão de recitar em voz alta e corações abertos...Estou usando com eles uma metodologia menos ortodoxa, entremeando texto com filmes, teatro e música. Se alguem interessar posso enviar resumo sobre o projeto de leitura que estou colocando em prática com eles em minhas aulas. Inclusive vários deles já se revelam excelentes escritores...(E-meio- Nazarenopoeta@hotmail.com)

A idéia é seduzir, encanta-los com os livros, livros da biblioteca da escola que por sinal é excelente, tem em seu acervo ótimos autores em todos os gêneros. Beatriz diz que amou o Dragão de Wenvel, João não imaginou que houvesse tanta magia e encanto no livro Ponte para Terebitia(que eles também assitiram em filme) Jéssica descobriu que o Eu lírico de Vinicius de Moraes também estava dentro dela igual os versos do poema aos Olhos da mulher Amada. Mas o que mais me emocionou como professor é é que Pedrinho um garoto tímido e retraido, que não conhecia Drumond, chorou com a Morte do leiteiro.

A principio os alunos(as) pegaram os livros na Biblioetca como atividade escolar, mas depois muitos retornaram e fizeram cadastro como eleitores, leitura prazerosa ...Vi um deles sentado embaixo de uma árvore se deliciando com a Moreninha...Nossa próxima viagem ao fantástico mundo da imaginação e criatividade será na Biblioteca Pública Municipal...



EIS QUE NASCE O JORNAL LITERÁRIO DOS ALUNOS DA TURMA DE LETRAS III DA FAI.



Eis que nasce o jornal literário. Culturalmente numa terra ainda inóspita (dizem, mas podemos semear textos nela) Adnilson de Souza Barros, Ana Cristina, Ana Carolina e Gleiciane, o quarteto da anti utopia, talvez na contra mão ou desvio da contracultura, mas a favor da beleza não estereotipada pelos versos que não são universais nem locais, são corações e sentimentos tão próximos, mas talvez ainda ignorados ou quem sabe esquecidos nos subterrâneos da insensibilidade humana.

Palavras não são meras palavras palavras, são traços, imagens e não seria justo não citarmos a poetisa do desenho, Priscila Alves, que com muita maestria e talento traduziu a essência da alma literária do jornal.

“Crepori, na estrada sem fim
Existe um ponto de luz
E vida
Não sei se boa ou má
Mas é vida
É vida

O poema cintila em meio as páginas, oito onde Adnilson, e suas três mulheres pariram um excelente jornal, Jornal Literário, da Letras III, da Fai. Foram 10 mãos e quatro corações que em uma semana gestaram essa idéia fantástica.O rio das letras apóia e adota essa idéia.

Que tenham outros jornais literários por ai. Parabéns para a Ana Cristina, Ana Carolina, Adnilson e Gleiciane. O mundo está precisando de Sancho Panças que combatam moinhos de ventos, que soprem sempre a favor da esperança de um mundo melhor, repleto de gente que ama e sofre, mas que dá vida a palavra que se se fez verbo.

sábado, 25 de fevereiro de 2012

POEMINHA SENTIMENTAL

O meu amor, o meu amor, Maria
É como um fio telegráfico da estrada
Aonde vêm pousar as andorinhas...
De vez em quando chega uma
E canta

(Não sei se as andorinhas cantam, mas vá lá!)
Canta e vai-se embora
Outra, nem isso,
Mal chega, vai-se embora.
A última que passou
Limitou-se a fazer cocô
No meu pobre fio de vida!
No entanto, Maria, o meu amor é sempre o mesmo:
As andorinhas é que mudam.

Mário Quintana

Poemas de Amor de Mário Quintana

Amar:

Fechei os olhos para não te ver
e a minha boca para não dizer...
E dos meus olhos fechados desceram lágrimas que não enxuguei,
e da minha boca fechada nasceram sussurros
e palavras mudas que te dediquei...

O amor é quando a gente mora um no outro.

"Dois e Dois são Quatro"

Como dois e dois são quatro
Sei que a vida vale a pena
Embora o pão seja caro
E a liberdade pequena
Como teus olhos são claros
E a tua pele, morena
como é azul o oceano
E a lagoa, serena

Como um tempo de alegria
Por trás do terror me acena
E a noite carrega o dia
No seu colo de açucena

- sei que dois e dois são quatro
sei que a vida vale a pena
mesmo que o pão seja caro
e a liberdade pequena.

TRADUZIR-SE

Uma parte de mim
é todo mundo:
outra parte é ninguém:
fundo sem fundo.

uma parte de mim
é multidão:
outra parte estranheza
e solidão.

Uma parte de mim
pesa, pondera:
outra parte
delira.

Uma parte de mim
é permanente:
outra parte
se sabe de repente.

Uma parte de mim
é só vertigem:
outra parte,
linguagem.

Traduzir-se uma parte
na outra parte
- que é uma questão
de vida ou morte -
será arte?

Ferreira Gullar

LENDAS URBANAS,VERSOS CABOCLOS

DIA 23 de Abril farei o lançamento do meu próximo livro, Lendas Urbanas e Versos Caboclos, com 100 páginas, em papel Couchê. O lançamento será na Biblioteca Pública Municipal, as 19 horas em meio a uma programação cultural voltada ao dia do Livro.O livro custará 20,00. Maiores informações pelo e-meio nazarenopoeta@hotmail.com ou 81194020

O POETA PABLO NERUDA TERIA SIDO ASSASSINADO?


"Tenho pronta a minha morte, como uma roupa que me espera, da cor que eu gosto, da extensão que inutilmente procurei, da profundidade que necessito. Quando o amor gastou sua matéria evidente e a luta consome seus martelos em outras mãos de acrescentada força,vem a morte apagar os sinais que foram construindo tuas fronteiras"

Nesse trecho do poema a morte de autoria do poeta chileno parece que ele vaticinava o mistério que cercaria de fato sua morte um dia. A Revista Forum voltada para temas de literatura e temas culturais diversos, em sua edição 106 de janeiro deste ano traz uma ampla reportagem com o título Neruda: o poeta Assasinado?

Pablo Neruda usou em vida o pseudônimo Neftali Ricardo Reyes Basoalto.Neruda morreu no dia 23 de setembro de 1973, as 22h30, numa clínica de Santa Maria e a sua causa mortis registrou como metástase de um câncer na prostata. Mas eis que a revista levanteae acalora o debate de que o poeta por sua convições políticas poderia ter sido assassinado. A justiça Chilena está levantando esse questionamento.

A revista Forum é uma publicação da editora Publisher Brasil, custando o exemplar cerca de 8.90 com publicação mensal. Quem quiser entrar em contato para assinaturas tem o e-meio www.revistaforum.com.br. A revista também traz ricas resenhas literárias com dicas de leituras variadas, destacando o livro As consequências da Modernidade, da Editora Unesp, 180 páginas, de Anthony Giddens entre outras obras de relevãncia.