terça-feira, 29 de dezembro de 2009

A VIDA É CURTA???

Conheci Cora Coralina como uma especíde de fadas do doce...Da culinária sua sensibilidade foi canalizada aos poemas que são belissimos mesmo por por sua simplicidade complexa ou complexa simplicidade.Uma coisa soube fazer como maestria foi viver.Viteu tão intensamente que os deixou recado para não perdemos tempo com coisas míudas,pequenas, porque a grandeza da vida está na criação...

Saber Viver Não sei... Se a vida é curta Ou longa demais pra nós, Mas sei que nada do que vivemos Tem sentido, se não tocamos o coração das pessoas. Muitas vezes basta ser: Colo que acolhe, Braço que envolve, Palavra que conforta, Silêncio que respeita, Alegria que contagia, Lágrima que corre, Olhar que a
Saber Viver Não sei... Se a vida é curta Ou longa demais pra nós, Mas sei que nada do que vivemos Tem sentido, se não tocamos o coração das pessoas. Muitas vezes basta ser: Colo que acolhe, Braço que envolve, Palavra que conforta, Silêncio que respeita, Alegria que contagia, Lágrima que corre, Olhar que acaricia, Desejo que sacia, Amor que promove. E isso não é coisa de outro mundo, É o que dá sentido à vida. É o que faz com que ela Não seja nem curta, Nem longa demais, Mas que seja intensa, Verdadeira, pura...


Enquanto durar Na coleção de 621 pessoasEste é um poema de amor tão meigo, tão terno, tão teu... É uma oferenda aos teus momentos de luta e de brisa e de céu... E eu, quero te servir a poesia numa concha azul do mar ou numa cesta de flores do campo. Talvez tu possas entender o meu amor. Mas se isso não acontecer, não importa. Já está declarado e estampado nas linhas e entrelinhas deste pequeno poema, o verso; o tão famoso e inesperado verso que te deixará pasmo, surpreso, perplexo... eu te amo, perdoa-me, eu te amo... "Poeminha Amorosocaricia, Desejo que sacia, Amor que promove. E isso não é coisa de outro mundo, É o que dá sentido à vida. É o que faz com que ela Não seja nem curta, Nem longa demais, Mas que seja intensa, Verdadeira, pura... Enquanto durar

“HumildadeSenhor, fazei com que eu aceite minha pobreza tal como sempre foi. Que não sinta o que não tenho. Não lamente o que podia ter e se perdeu por caminhos errados e nunca mais voltou. Dai, Senhor, que minha humildade seja como a chuva desejada caindo mansa, longa noite escura numa terra sedenta e num telhado velho. Que eu possa agradecer a Vós, minha cama estreita, minhas coisinhas pobres, minha casa de chão, pedras e tábuas remontadas. E ter sempre um feixe de lenha debaixo do meu fogão de taipa, e acender, eu mesma, o fogo alegre da minha casa na manhã de um novo dia que começa

NÃO SEI... Não sei... se a vida é curta...Não sei... Não sei...se a vida é curta ou longa demais para nós. Mas sei que nada do que vivemos tem sentido, se não tocarmos o coração das pessoas. Muitas vezes basta ser: colo que acolhe, braço que envolve, palavra que conforta, silêncio que respeita, alegria que contagia, lágrima que corre, olhar que sacia, amor que promove.E isso não é coisa de outro mundo: é o que dá sentido à vida. É o que faz com que ela não seja nem curta, nem longa demais, mas que seja intensa, verdadeira e pura... enquanto durar.

POEMAS PARA SEREM SEMPRE LEMBRADOS




JORGE LUIS BORGES
diria o velho Borges, como a um íntimo nosso.Um poeta intimista como um legista da alma revolvendo nossos orgãos vitais...Mas vital mesmo é a poesia, viva o velho novo poeta revivendo nossos sonhos mais recônditos.


EVERNESS

Só uma coisa não há: e esta é o olvido.
Deus, que salva o metal, e salva a escória,
cifra em Sua profética memória
as luas que serão e as que têm sido.
Já tudo fica. A seqüência infinita
de imagens que entre a aurora e o fim do dia
teu rosto nos espelhos deposita
e essas que irá deixando todavia.
E tudo é só uma parte do diverso
cristal desta memória: o universo.
Não têm fim os seus árduos corredores,
e se fecham as portas ao passares;
e só quando na noite penetrares,
do Arquétipo verás os esplendores.


UM CEGO


Não sei qual é a face que me mira
quando miro essa face que há no espelho;
e desconheço no reflexo o velho
que o escruta, com silente e exausta ira.
Lento na sombra, com a mão exploro
meus traços invisíveis. Um lampejo
me alcança. O seu cabelo, que entrevejo,
é todo cinza ou é ainda de ouro.
Repito que perdi unicamente
a superfície vã das simples coisas.
Meu consolo é de Milton e é valente,
porém penso nas letras e nas rosas.
Penso que se pudesse ver meu rosto
saberia quem sou neste sol-posto.

A CHUVA


A tarde bruscamente se aclarou,
porque já cai a chuva minuciosa.
Cai e caiu. A chuva é só uma coisa
que o passado por certo freqüentou.
Quem a escuta cair já recobrou
o tempo em que a fortuna venturosa
uma flor lhe mostrou chamada rosa
e a cor bizarra do que cor tomou.
Esta chuva que treme sobre os vidros
alegrará nuns arrabaldes idos
as negras uvas de uma parra em horto
que não existe mais. A umedecida
tarde me traz a voz, a voz querida
de meu pai que retorna e não é morto.



XADREZ

I

Em seu grave rincão, os jogadores
as peças vão movendo. O tabuleiro
retarda-os até a aurora em seu severo
âmbito, em que se odeiam duas cores.
Dentro irradiam mágicos rigores
as formas: torre homérica, ligeiro
cavalo, armada rainha, rei postreiro,
oblíquo bispo e peões agressores.
Quando esses jogadores tenham ido,
quando o amplo tempo os haja consumido,
por certo não terá cessado o rito.
Foi no Oriente que se armou tal guerra,
cujo anfiteatro é hoje toda a terra.
Como aquele outro, este jogo é infinito.

II

Rei tênue, torto bispo, encarniçada
rainha, torre direta e peão ladino
por sobre o negro e o branco do caminho
buscam e libram a batalha armada.
Desconhecem que a mão assinalada
do jogador governa seu destino,
não sabem que um rigor adamantino
sujeita seu arbítrio e sua jornada.
Também o jogador é prisioneiro
(diz-nos Omar) de um outro tabuleiro
de negras noites e de brancos dias.
Deus move o jogador, e este a peleja.
Que deus por trás de Deus a trama enseja
de poeira e tempo e sonho e agonias?

O SUICIDA

Não restará na noite uma estrela.
Não restará a noite.
Morrerei, e comigo a soma
do intolerável universo.
Apagarei as pirâmides, as medalhas,
os continentes e os rostos.
Apagarei a acumulação do passado.
Transformarei em pó a história, em pó o pó.
Estou mirando o último poente.
Ouço o último pássaro.
Deixo o nada a ninguém.
Complemento dizendo só restará o silêncio
Fustigando o inexplicável movido pela razão do nada como fuga efêmera de
um todo invisível como nosso ser ferido...

(Traduções de Renato Suttana)

RAINER MARIA RILKE UM POETA INOVADOR


Registro no blog um poeta que dispensa comentáios que diria são textos que removem o que há de mais verdadeiro nos subterrâneos do espirito humano. Leia, conheça produndament o poeta alemão que já foi bastante traduzido no mundo.
Rainer Maria Rilke nasceu em Praga em 4 de dezembro de 1875. É considerado como um dos mais importantes poetas modernos da literatura e língua alemã, por sua obra inovadora e seu incomparável estilo lírico.

"Poeta fundamental, Rilke é a voz de uma época em transição. Talvez seja a última voz do seu tempo, aquela que anunciou o "fim dos tempos modernos", como quer Romano Guardini, e ao mesmo tempo a primeira voz e o primeiro poeta dessa nova era que estamos começando a viver."
(Paulo Plínio Abreu - parte de uma introdução sobre a obra de Rilke publicado no jornal paraense:"Folha do Norte" entre os anos de 1946 e 1948)
O Livro de Imagens. Das Buch der Bilder, 1902.
.
"No mundo, a coisa é determinada, na arte ela o deve ser mais ainda: subtraída a todo o acidente, libertada de toda a penumbra, arrebatada ao tempo e entregue ao espaço, ela se torna permanência, ela atinge a eternidade. (...)"
§
"Quero viver como se o meu tempo fosse ilimitado. Quero me recolher, me retirar das ocupações efêmeras. Mas ouço vozes, vozes benevolentes, passos que se aproximam e minhas portas se abrem..."
§
"Procure entrar em si mesmo. Investigue o motivo que o manda escrever; examine se estende suas raízes pelos recantos mais profundos de sua alma; confesse a si mesmo: morreria, se lhe fosse vedado escrever? Isto acima de tudo: pergunte a si mesmo na hora mais tranqüila de sua noite:"Sou mesmo forçado a escrever?" Escave dentro de si uma resposta profunda. Se for afirmativa, se puder contestar àquela pergunta severa por um forte e simples "sou", então construa a sua vida de acordo com esta necessidade. Sua vida, até em sua hora mais indiferente e anódina, deverá tornar-se o sinal e o testemunho de tal pressão. Aproxime-se então da natureza. Depois procure, como se fosse o primeiro homem, a dizer o que vê, vive, ama e perde. (...)"

O torso arcaico de Apolo
Não conhecemos sua cabeça inauditaOnde as pupilas amadureciam. MasSeu torso brilha ainda como um candelabroNo qual o seu olhar, sobre si mesmo voltado
Detém-se e brilha. Do contrário não poderiaSeu mamilo cegar-te e nem à leve curvaDos rins poderia chegar um sorrisoAté aquele centro, donde o sexo pendia.
De outro modo erger-se-ia esta pedra breve e mutiladaSob a queda translúcida dos ombros.E não tremeria assim, como pele selvagem.
E nem explodiria para além de todas as fronteirasTal como uma estrela. Pois nela não há lugarQue não te mire: precisas mudar de vida.
(Tradução: Paulo Quintela)

- Que farás tu, meu Deus, se eu perecer?
Que farás tu, meu Deus, se eu perecer?Eu sou o teu vaso - e se me quebro?Eu sou tua água - e se apodreço?Sou tua roupa e teu trabalhoComigo perdes tu o teu sentido.
Depois de mim não terás um lugarOnde as palavras ardentes te saúdem.Dos teus pés cansados cairãoAs sandálias que sou.Perderás tua ampla túnica.Teu olhar que em minhas pálpebras,Como num travesseiro,Ardentemente recebo,Virá me procurar por largo tempoE se deitará, na hora do crepúsculo,No duro chão de pedra.
Que farás tu, meu Deus? O medo me domina.
(Tradução: Paulo Plínio Abreu)

- Hora GraveQuem agora chora em algum lugar do mundo,Sem razão chora no mundo,Chora por mim.
Quem agora ri em algum lugar na noite,Sem razão ri dentro da noite,Ri-se de mim.
Quem agora caminha em algum lugar no mundo,Sem razão caminha no mundo,Vem a mim.
Quem agora morre em algum lugar no mundo,Sem razão morre no mundo,Olha para mim.
(Tradução: Paulo Plínio Abreu)

Morgue
Estão prontos, ali, como a esperarque um gesto só, ainda que tardio,possa reconciliar com tanto frioos corpos e um ao outro harmonizar;
como se algo faltasse para o fim.Que nome no seu bolso já vaziohá por achar? Alguém procura, enfim,enxugar dos seus lábios o fastio:
em vão; eles só ficam mais polidos.A barba está mais dura, todaviaficou mais limpa ao toque do vigia,
para não repugnar o circunstante.Os olhos, sob a pálpebra, invertidos,olham só para dentro, doravante.
A PANTERA

(Tradução: Augusto de Campos)
No Jardin des Plantes, Paris
De tanto olhar as grades seu olharesmoreceu e nada mais aferra.Como se houvesse só grades na terra:grades, apenas grades para olhar.
A onda andante e flexível do seu vultoem círculos concêntricos decresce,dança de força em torno a um ponto ocultono qual um grande impulso se arrefece.
De vez em quando o fecho da pupilase abre em silêncio. Uma imagem, então,na tensa paz dos músculos se instilapara morrer no coração.
(Tradução:
Augusto de Campos)

A GAZELA
Mágico ser: onde encontrar quem colhaduas palavras numa rima iguala essa que pulsa em ti como um sinal?De tua fronte se erguem lira e folha
e tudo o que és se move em similarcanto de amor cujas palavras, quaispétalas, vão caindo sobre o olharde quem fechou os olhos, sem ler mais,
para te ver: no alerta dos sentidos,em cada perna os saltos reprimidossem disparar, enquanto só a fronte
a prumo, prestes, pára: assim, na fonte,a banhista que um frêmito assustasse:a chispa de água no voltear da face.

SÃO SEBASTIÃO
Como alguém que jazesse, está de pé,sustentado por sua grande fé.Como mãe que amamenta, a tudo alheia,grinalda que a si mesma se cerceia.
E as setas chegam: de espaço em espaço,como se de seu corpo desferidas,tremendo em suas pontas soltas de aço.Mas ele ri, incólume, às feridas.
Num só passo a tristeza sobrevéme em seus olhos desnudos se detém,até que a neguem, como bagatela,e como se poupassem com desdémos destrutores de uma coisa bela.
(Tradução:
Augusto de Campos)

O ANJO
Com um mover da fronte ele descartatudo o que obriga, tudo o que coarta,pois em seu coração, quando ela o adentra,a eterna Vinda os círculos concentra.
O céu com muitas formas Ihe aparecee cada qual demanda: vem, conhece -.Não dês às suas mãos ligeiras nemum só fardo; pois ele, à noite, vem
à tua casa conferir teu peso,cheio de ira, e com a mão mais dura,como se fosses sua criatura,te arranca do teu molde com desprezo.

BORGHESE
Duas velhas bacias sobrepondosuas bordas de mármore redondo.Do alto a água fluindo, devagar,sobre a água, mais em baixo, a esperar,
muda, ao murmúrio, em diálogo secreto,como que só no côncavo da mão,entremostrando um singular objeto:o céu, atrás da verde escuridão;
ela mesma a escorrer na bela pia,em círculos e círculos, constante-mente, impassível e sem nostalgia,
descendo pelo musgo circundanteao espelho da última baciaque faz sorrir, fechando a travessia.
Dançarina Espanhola
Como um fósforo a arder antes que cresçaa flama, distendendo em raios brancossuas línguas de luz, assim começae se alastra ao redor, ágil e ardente,a dança em arco aos trêmulos arrancos.
E logo ela é só flama, inteiramente.
Com um olhar põe fogo nos cabelose com a arte sutil dos tornozelosincendeia também os seus vestidosde onde, serpentes doidas, a rompê-los,saltam os braços nus com estalidos.
Então, como se fosse um feixe aceso,colhe o fogo num gesto de desprezo,atira-o bruscamente no tabladoe o contempla. Ei-lo ao rés do chão, irado,a sustentar ainda a chama viva.Mas ela, do alto, num leve sorrisode saudação, erguendo a fronte altiva,pisa-o com seu pequeno pé preciso.

O CEGO

Ele caminha e interrompe a cidade, que não existe em sua cela escura, como uma escura rachadura numa taça atravessa a claridade.
Sombras das coisas, como numa folha, nele se riscam sem que ele as acolha:só sensações de tato, como sondas,captam o mundo em diminutas ondas:
serenidade; resistência -como se à espera de escolher alguém, atento,ele soergue, quase em reverência,a mão, como num casamento.

SÓ UM POEMINHA DE NATAL

Final de anos
Dos tempos insanos
Fim de festa
Apaguem a luz
Aproveitem o que resta
Troquem presentes
Sejam ausentes
Depurem o que é é bom e o que não presta

Do bolo
àcido que envenena a cobiça
Da palavra amarga pela hipocrisia
Que traga feito cigarro com nicotina

Final de ano
Natal
Tudo bem ou tudo mal
A oração decorada
a bocha fechada pela omissão

Jesus ausente da mesa
Papai Noel surge de supresa
Quem nasceu
Quem morreu
Quem está nas trevas ou na Luz
Papai Noel porco chauvisnista capitalista
Ou o menino idealista que morreu dependurado na cruz?

Ano Novo com velhos hábitos pelo avesso
Feliz Natal
Ano Novo normal
Afinal tudo tem seu preço

Quem comeu quem
E quem comeu o quê
A antropofagia social
No fundo é mais imoral
Do que rez a etiqueta padrão
Viver pela decência
Talvez requeira a clemência do perdão...

Feliz Natal, um novo ano realmente novo

Nazareno Santos- (Criador do Blog)


PEÇA CORDÃO DO TANGARÁ

Canto de entrada(0 cordão entra cantando e faz meia lua)

O nosso cordão é tão belo e animado
Voltou este ano entusiasmado
São João, São Joâo acende a fogueira do meu coração
São João acende a fogueira do meu coração

Neta bela quadra de balões e de fogueiras
Cantemos alegres e com animação
Viva São João

Cantemos alegres com animação
Homenageando todos que aqui estão
São João, São João,acende a foguueira do meu coração
São João,São João acende a fogueira do eu coração

Agora já etão todos em seus lugares para o canto de apresentação

Eis aqui meus senhores e senhoras
O nosso Tangará
Que veio representar aos senhores
Veio mostrar como é encantar
O nosso grupo de todos é o primeiro
Po´rem é o que vence, é de todos o mais querido
O mais querido deste povo itaitubense
.
(Fragamento, do Livro "Cordão do Tangará", de autoria da folclorista Itaitubense
Idolasy Moraes das Neves. A obra pode ser adquirida na residencia da autora-Trav:Paes de Carvalho nº 208
ou pelotelefone 55(93)3518-5619
E-meio dicult2008@hotmail.com.O exemplar custa apenas R$15,00 e ale a pena a valorização de nossa fértil cultura popular.

MENINA FLOR NUM CINCO DE JULHO

Cai a noite! Vem com ela a chuva fina
Molhar alegre o rosto feminino
Por uma calma rua ali seguindo
Ao aproximar-se de menina flor
Quem a ela dedicara tanto amor
Vê um feliz coração pro amor se abrindo

Cinco de julho traz grande emeoção
Tem a moça alegria no coração
Mais uma rosa vê desabrochar
Neste Instante, o rapaz usando a chave
Seu peito,llevemente a tocar, abre-0
Ocupando aquele único lugar

Ao vê-la trabalhando em casa amiga
Senti nascer o sol de minha vida
Trazendo um novo dia pra mim
Hoje, a luz do seu olhar,doce menina
Vem brilhar nesta noite que é so minha
A treva do meu peito dando fim

Há um mês,pulsou-me forte o coração
Procurei descobrir a razão
Que o deixara inquieto,desse jeito
É dificl se ouvir a voz do amor
Porém meu coração se enganou
Abrindo a porta do meu pobre peito

Este amor os envolve por inteiros
Surge, então o juramento verdadeiro
Um ao fazer grande companhia
Entre a flor perfumada, entre os espinhos
Haver compreensão, amor,carinho
Da tristeza tirar doce alegrai!...

Num beijo, Fábio e Mara se espedem
E felizes, a suas casas seguem
Movido pelo amor que começara
A mente doméstica é levada
Pela força a rever seu namorado
Que ao distante trabalho retornara!

Poema do Livro Camponeses(conto-poema)
de autoria do escritor João Jesus(de Altamira)

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

MUITO LEGAL A CAMPANHA DOS 100 ANOS DA CAMPANHA DOS 100 ANOS DA CAMPANHA DA ABI

Vírgula pode ser uma pausa... ou não.Não, espere.Não espere.Ela pode sumir com seu dinheiro.23,4.2,34.Pode criar heróis..Isso só, ele resolve.Isso só ele resolve.Ela pode ser a solução.Vamos perder, nada foi resolvido.Vamos perder nada, foi resolvido.
A vírgula muda uma opinião.Não queremos saber.Não, queremos saber..A vírgula pode condenar ou salvar. Não tenha clemência!Não, tenha clemência!Uma vírgula muda tudo.ABI: 100 anos lutando para que ninguém mude uma vírgula da sua informação.
Detalhes Adicionais:SE O HOMEM SOUBESSE O VALOR QUE TEM A MULHER ANDARIA DE QUATRO À SUA PROCURA.* Se você for mulher, certamente colocou a vírgula depois de MULHER...* Se você for homem, colocou a vírgula depois de TEM...

IDOLAZIR NEVES,UM PATRIMÔNIO CULTURAL DE NOSSOS CORDÕES DE PASSÁROS


Ela agora tem registrada em um livro, seu talento e sua produção da cultura popular dos cordões de pássaros com enfase ao Tangará. Idolazir Neves pioneira nessa arte popular na década de sessenta montou varios espetáculos que saiam pelas ruas de nossa cidade como um teatro caboclo.

O livro tem uma edição bem produzida foi patrocinada pelo Instituto de artes do Pará e está custando apenas quinze reais. Nele estão inseridas todas as letras do cordão do Tangará com as letras cifradas num trabalho bem elaborado.
A obra muito mais do que um mero registro salva uma cultura que ainda estava apenas na oralidade, o que servirá de referência para as geraçõe futuras. Idolazir com sua simplidade cativante produziu belos textos que valem a pena serem conhecidos e acima de tudo valorizados.

Quem quiser adquirir o livro pode enviar pedido pelo E-mail Tribunna@hotmail, que estaremos dando todo apoio necessário, atraves deste blog literário.









domingo, 20 de dezembro de 2009

OS ESCRITORES PARAENSES ESTÃO ENVIANDO SUAS OBRAS PARA O BLOG.




Acuso o recebimento via postal de duas excelentes obras de grande valor literário, de autoria do professor João de Jesus que também é sociólogo. Com excelente encadernação o livro do escritor de Almeirim, (vivendo atualmente em Altamira) Música Popular e Identidade Nacional, discurso e contradiscurso na ditadura militar, um livro de 104 páginas editado pela Editora Cejup, é um documento que guarda a memória musical analítica do Brasil



O livro com muita propriedade aborda temas de grande relevância histórica cultural pelo universo da música falando da identidade etnocultural, sociedade do ontem e de hoje onde fala do encontro entres os colonizadores e o povo nativo, e o choque cultural.



João de Jesus se vale da música utilizando letras de artistas consagrados da MPB como Chico Buarque, Caetano e Gilberto Gil, para fazer sua análise sociológica para que possamos compreender essa relação cultural sob o ponto de vista da música na construção de nossa identidade.



O livro é interessante porque cruza as várias etapas de nossa musicalidade, não apenas enquanto ritmo, mas enquanto influência, modismo, linguagem comportamento, enfim é um estudo de muita profundidade acessível ao leigo e aos especialistas no assunto.



O outro exemplar do professor, que inclusive tem usado alguns textos meus em suas aulas de avaliações na Universidade Federal do Pará, desta feita mergulha nos subterrâneos da poesia lírica (daí sua versatilidade e ecletismo no manuseio das palavras), com o livro UM POUCO DE AMOR.



São 121 poemas, escritos com uma alquimia que só a alma de um poeta caboclo poderia traduzir ao mesmo tempo com maestria e simplicidade, burilando as palavras como a um ourives que manuseia um diamante bruto revelando sua real beleza...



Poesia não é mágica, é essência, é escancaramento interior onde os sentimentos fluem do nada ou de uma trajetória com roteiro pré estabelecido. Mas a poética do professor Jesus tem a força da Pororoca que nas margens carrega tudo pelo caminho lavando de sensibilidade os corações talvez mais resistentes aos encantos da poesia... Li gostei e recomendo.




Inclusive para aquisição das obras acima citadas ou troca de idéias com o escritor os contatos são:


E-meio jjesus@ufpa.br ou fone(93) 3515-3996


QUE IMPORTÂNCIA TEM A VÍRGULA?


Faço aqui uma abordagem sobre vírgula, considerada terror de alguns escritores. Jose Saramago, por exemplo, vive as turras com ela e faz questão de arbitrariamente atropelá-la nos seus herméticos, mas interessantes romances que se destacam mais pelas polêmicas.


Mas o tema aqui não e o escritor português, mas sim a bendita ou maldita vírgula, uma coisa aparentemente simples, mas que pode de forma sutil abortar uma idéia prestes a explodir na cabeça de quem está escrevendo algum tipo de texto.


Mas a propósito a excelente revista (que recomendo aos meus honrados internautas que tem enveredado por esse blog) LINGUA PORTUGESA, traz de capa matéria que fala sobre o uso da vírgula com o título “Reinado da Vírgula”.


Eu entendo, não gosto nem preocupo com as vírgulas, também sou meio arbitrário em relação a elas embora sabendo que não posso ignorá-las tratá-la como um corpo estranho em meio aos textos, mas acho que ela é muito saliente, arrogante, imprevisível, mas necessária.


Inconclusa, demarcadora de fronteiras, intercalações, lógica, articulada, enfatizadora, são muitos os atributos concedidos a ela, mas o certo é que quando escrevemos somos peão amansando burro brabo, ela por sua rebeldia nos desafia, e precisamos domá-la em dado momento de nossas inquietações textuais produtivas.


Euclides da Cunha a usava apenas para marcar pausa mecânica,também denominada de pausa respiratória.Se você quiser queimar neurônios com pausas respiratórias ou qualquer outra ação que o leve a exorcizar os demônios da virgula fique a vontade...Mas não entre em paranóia por causa disso.

Se você que gosta de escrever também vive em conflitos com o uso da virgula escreva pro blog expressando seu ponto de vista. Mande pelo Email Tribunna@hotmail.com, que postaremos com grande prazer.





CRESTOMATIA PÓETICA E LITERÁRIA,UMA VIAGEM NO TEMPO


Recebi via correio e li com grande interesse o mais recente livro do professor Eugênio Bartolomeu Costa Ferraz, que mora na minha querida Castanhal. É um livro eclético onde o que menos importa é o estilo. O autor relata fatos, história com muita naturalidade tornando-se até certo ponto muito íntimo do leitor.


Eugênio Bartolomeu, vai além do escritor é ativista do bem, procura envolver o leitor na sua causa ambiental, politica poética, nos convida a embarcar numa nau menos louca, nos convida a preservarmos o planeta, não como um Dom Quichote combatendo inimigos ao acaso, mas como um idelaista-sonhador ou sonhador idealista como queiram.


Apesar do titulo denso o livro é leve pode ser lido de uma maneira despretenciosa, mas ao mesmo tempo envolvente. Não estou aqui escrevendo critca literária, estou expressando o que absorvi do livro, principlamente no que tange a figura memorável de um herói de sua época, Padre Melo que aos poucos vem a tona nos textos de Eugênio, já que na época da ditaura foi massacrado em suas idéias, que hoje continuam vivas na escita do professor Eugênio...


Aqui reproduzo um trecho do poema Cosmocracia. No íncio da história, a humandade inventou, a teocracia como governo. Deus ou os deuses mandavam, pelos profetas seus mensageiros, todo povo obedecia, ai usurpadores aparaceram disfarçados de profetas e a todo povo enganou,virou anarquia, bagunça mesmo, então o povo decretou, Teocracia nunca mais, outra fase foi criada, veio a tal Monarquia...Revolução das idéias, isso está impregnado nos textos que merece uma leitura mais aprofundada em sua integra.

Quem estiver interessado pode contactar o autor pelo E-mail ebcferraz@hotmail.com ou pelo celular- (91)9601-8380-Castanhal -Pará