sexta-feira, 27 de abril de 2012

O POETA DA ROÇA -DIÁRIO DE UM PROFESSOR E ESCRITOR

PATATIVA DO ASSARÉ

Sou fio das mata,canto da mão grossa Trabaio na roça, de inverno a estio.
 A minha chupana é tapada de barro Só fumo cigarro de paia de mio Sou poeta das brenha, não faço o papé De argium menestré, ou errante canto Que veve vagando,com sua viola Cantando, Pachola, a percura de amo Não tenho sabença, pois nunca estudei .

Apenas eu sei o meu nome assiná Meu pai,coitadinho! Vivia sem cobre, E os fio do pobre não pode estudá Meu verso rastêro,singelo e sem graça Não entra na praça, no rico salão Meu verso só entra no campo e na roça, Nas pobre paioça, da serra e ao sertão Só canto o buliço da vida apertada Da liga pesada, das roça e dos eito E as vez rescordando a feliz mocidade, Canto uma sôrdade que mora em meu peito.

 Eu canto o caboclo com sua caçada Nas noite assombrada que tudo apavora Por dentro da mata,com tanta corage Topando as visage chamada caipora Eu canto o vaquêro vestido de côro Brigando com o tôro no mato fechado Que pega na ponta do brabo novio Ganhando lugio do dono do gado

 Eu canto o mendigo de sujo farrapo Coberto de trapoe mochila na mão Que chora pedindo o socorro dos home E tomba de fome, sem casa e sem pão E assim, sem cobiça dos cofre luzente Eu vivo contente e feliz com a sorte Morando no campo,sem vê a cidade Cantando as verdade das coisa do norte

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