sábado, 28 de maio de 2011

EM UM CERTO REINADO

Um rato ruim

Havia roído

A roupa de um rei tupiniquim

O rei havia ditado

Que todo pobre fosse condenado

A miséria e escravidão

Mas o povo sem nada entender

Reverenciava o rei

Enclausurado

Nas muralhas da ambição

O rei vivia rodeado

De bobos da corte

Que riam a toa

Mesmo no açoite

O rei ditador

Não tinha coração

Mas quanto mais

Maltratava seu povo, o povo lhe reverenciava

E ela nada entendia, posando de artista

Interrogava-se e o Bobo da corte respondia

Meu rei meta o chicote

Que o povo desse reino vive de utopia

E o rei mal coroado, ditando suas normais e leis

Sem nada entender dizia

Que se no reino tanto mal havia, o problema era de vocês

Quem?

Nós, sem opinião nem voz

E assim durou muito tempo o reinado

Porque o povo calado

Nada dizia

E o tempo virava retrocesso

Dia e noite e dia

E assim reinou soberano

O rei da farsa e da fantasia.

Nazareno Santos-Poeta Itaitubense

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