sábado, 14 de maio de 2011

O INVISÍVEL DO MEU SER

Não quero deixar insone a sinfonia de minhas razões
Tropeço sobre pedras invisíveis
Voo entre rios fazendo da imaginação o silencio onde encontro Deus
Entre os vãos de minhas inquietações

A poesia desliza sombria sobre minha alma
Não me acorrento a dogmas nem busco explicações em filosofia
Sou um alienígena de mim mesmo mesmo no planeta incógnita
Um ser desnudando antropofagia e devorando poesia

Monalisa com seu sorriso mordaz
Não me satisfaz
Não tenho medo de Medusa
Nem preciso decifrar a vida ou a morte
Se o destino me recusa
Sou apenas um poeta que sonha
Que ama e que busca a verdade
ignorando o azar ou a sorte

A porta do segredo está escancarada
Não temo mais nada
Pois já superei o inferno de Dantes
Fui Dom Quixote e seu cavalheiro andante
brigando contra inimigos inexistentes

Chorei , calei, gritei, me bastei com as incoerências humanas
Só sei que amei
Intensamente
Talvez assim de forma insana

Nazareno Santos


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