Tenho QUE ME virar nos trintas em face do acúmulo de atividades que venho tendo, mas de uma coisa jamais abrirei mão.De uma boa leitura, assim na medida do possível vou “devorando” bons livros e hoje dia 7 de maio de 2011, véspera do dia das mâes, terminei a leitura do “EX ESTRANHO” do excelente poeta paranaense(in memorian) Paulo Leminski.
É um livro simples de 87 páginas, mas encantador o suficiente para ser lido com avidez e paixão. O autor consegue transitar com desenvoltura entre os mais diversos assuntos e com um talento para o texto sucinto, com poucas palavras mas ricas em imagens poéticas.
Li, reli e recomendo sua leitura.Inclusive cito abaixo alguns dos poemas para que o ilustre peregrino que freqüenta as páginas eletrônicas do Rio das letras possa também desfrutar desse excelente texto de Paulo Leminsk.
INVERNÁCULO
Esta língua não é minha,
Qualquer um percebe,quando o sentido cami nha
A palavra permanece
Quem sabe mal digo mentiras,
Vai ver que minto verdades
Assim me falo eu, eu , mínima
Quem sabe, eu sinto
Esta não é minha língua
A língua que eu falo trava
Uma canção longinqua
A voz, além, nem palavra o dialeto que se usa
À margem esquerda da frase
Eis que a fala que me lusa
Eu, meio, eu dentro, eu quse
O NADA
Carne, alma
Forma conteúdo
Sobre nós
A sombra de tudo
INVESTÌGIO
Olfato ou fato
Um cheiro falso
Um brilho antigo
Brinca comigo
De anos atrás...
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