sábado, 28 de maio de 2011

SONETO DA ESPERANÇA PERDIDA

Perdi o bonde e a esperança

Volto pálido para casa

A rua é inútil e nenhum auto

Passaria sobre meu corpo

Vou subir a ladeira lenta

Em que os caminhos se fundem

Todos eles conduzem ao

Princípio do drama e da flora

Não sei se estou sofrendo

Ou se é alguém que se diverte

Por que não? Na noite escassa

Com um insolúvel flautim. Entretanto há muito tempo

Nós gritamos sim! Ao eterno

Carlos Drumond de Andrade

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