sexta-feira, 19 de junho de 2009

POESIA DAS RUÍNAS

Os meus versos eu os componho
Como sopro de vento em dia medonho
Não procuro nem conduzo minha poesia
Não consulto dicionário

Previsão de tempo, ampulheta, horário
E muito menos a biruta do serviço de meteorologia
Os meus versos faço, não peço
Recolho de restos, de estilhaços
E vou compondo e não tropeço

Com eles refaço vidas
Remonto sonhos
Os meus versos vêm das ruínas
E dos escombros

Aroldo Pedrosa
Macapá- Vanguarda cultural

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