sexta-feira, 22 de abril de 2011

FIOS DE MEADA, PARA CONTAR E RECONTAR


Hoje dia 22 de abril uma Sexta Feira Santa (um dia após esquartejarem Tiradentes), como todo bom caboclo amazônida armo minha rede e embaixo coloco meu arsenal de conhecimentos, que vou digerindo avidamente com os olhos e o coração, pela paixão da leitura, uma doença crônica saudável que me acomete desde os meus primeiros passos na escola...

Fios da meada são contos amazônicos recontados por Paulo Nunes, que no prelúdio do texto já questiona afinal de que fios se faz essa meada?. Li e reli, devorei os contos como se devora um Tambaqui assado feito moqueca depois de embrulhado em folha de bananeiras...

O autor faz o que nosso pais, nossos avós fazia quando eramos crianças. Peguei alguns pedaços para postar aqui no Rio das letras.Vamos digerir juntos?"A noite, Antônio ficava tão flador quanto de dia era calado.Se enchia de imaginações.- Anda, Antônico, a estória da ave jurutaí, incitava Libânia
-A que se que apaixonou pela lua?.O jurutaí solta hoje pelo mato cada risada.Variou com a paixão.E a lua, lá de cima nem como coisa.
de peito pra cima, Antônio, os olhinhos luzindo na sombra,ia contando do jurutaí, o pássaro da noite, e sua paixão pela lua.Libânia deityada de lado, escutava..

Paulo quando reconta o mestre Dalcídio Jurandir se chega dá água na boca, vontade de comer as palavras que transitam entre nossa imaginação...O povo conta e o escritor reconta. "E dentro do peito de Siloca se abre uma visão dantesca, apesar de tudo truvo, ela surge feito uma miragem, fêmea(muié mermo de verdade, sem tirar nem por)quer dizer ua mulher com corpo de sereia, ela me acenava se insinuando por entre os Mururés. E Mumurés eram espalhos d água?.Não sei só sei que ela se exibia mergulhando nas águas límpidas do m eu Tapajós,e mergulahava e voltava à flor d água num tichi bum tichibum...E se estiver mentindo seu moço pergunte pra Matinta Pereira, ela também espiava tudo de bubuia..."

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