Corre na veia o sangue caboclo
Corre no veio à água barrenta
O rio é o mar insolente
A canoa é a vida
Ávida
Tão somente
desatino,
É o destino as vezes remando
Na contramão do rio
É a loba no cio
Gritando desesperadamente
É o silêncio falando
De nossas inquietações
A sina do pescador é pescar
Do agricultor plantar
E do caboclo remar
Pra vencer as margens
Que traduzem o rio
Que guarda
os seres encantados com seus mistérios e magiuas
fazendo das águas mantos sagrados
Que guardam sonhos e embrulham
Esperança nas poesias remotas
Que agonizam e renascem na certeza
De que serão eternas feito as ondas num vai e vem
Entre a antítese da dor e da fé
Do amor e do perdão
Do não aceitar e querer bem
Assim é a vida em sua essência
Feito as profundezas das águas que escondem seus mistérios
Nenhum comentário:
Postar um comentário