quinta-feira, 21 de abril de 2011

SANGUE CABOCLO

Corre na veia o sangue caboclo

Corre no veio à água barrenta

O rio é o mar insolente

A canoa é a vida

Ávida

Tão somente

desatino,

É o destino as vezes remando

Na contramão do rio

É a loba no cio

Gritando desesperadamente

É o silêncio falando

De nossas inquietações

A sina do pescador é pescar

Do agricultor plantar

E do caboclo remar

Pra vencer as margens

Que traduzem o rio

Que guarda

os seres encantados com seus mistérios e magiuas

fazendo das águas mantos sagrados

Que guardam sonhos e embrulham

Esperança nas poesias remotas

Que agonizam e renascem na certeza

De que serão eternas feito as ondas num vai e vem

Entre a antítese da dor e da fé

Do amor e do perdão

Do não aceitar e querer bem

Assim é a vida em sua essência


Feito as profundezas das águas que escondem seus mistérios

NAZARENO SANTOS-PROFESSOR, POETA E RESPONSÁVEL PELO BLOG RIO DAS LETRAS.

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