Enquanto todos dormem, guardo meus sonhos entre as palavras em vão
Não sei se a noite passa célere como o pulsar do meu coração
Mas entre a insônia e a solidão
Há um relógio mudo
Rebelde que ignora o tempo
Meus versos não são intimos
Nem me importo com os vermes que me espreitam
O que me importa são os anjos tortos que me guardam
E os fantasmas da razão
Que junto comigo se deleitam
A poesia pode ser uma morfina as dores
Inconscientes da alma
Um lenitivo aos amores
que Não existem mais
Só sei que a vida
é inconstante
e no meu instante o tempo já não passa mais
A madrugada vem rompendo ofegante
Indiferente ao raiar do dia
E enquanto todos dormem
Eu sonho
Na plenitude abissal
de minha utopia.
Nazareno Santos- Poema composto ao acaso..
Nenhum comentário:
Postar um comentário